Carboidrato x Sucesso na Fertilização

Nos dias atuais as pessoas têm se preocupado muito mais com a alimentação que em tempos atrás, não só por questões estéticas, mas por questões de saúde e prevenções de doenças.

Porque não pensarmos na alimentação em relação a fertilidade/infertilidade?

O pesquisador Jeffrey Russell, do Instituto de Medicina Reprodutiva Delaware (EUA), fez uma pesquisa e mostrou que mulheres que reduziram a ingestão de carboidratos e aumentaram a ingestão de proteína, durante tratamento de fertilização in vitro, aumentaram significativamente a chance de concepção.

Foram 120 mulheres participantes do estudo, com 36 e 37 anos de idade e que completaram um registro alimentar de três dias. Para algumas, a dieta diária foi de 60% a 70% de hidratos de carbono. 

As pacientes foram classificadas em dois grupos: aquelas cuja dieta média foi mais do que 25% de proteína e aquelas cuja dieta média era inferior a 25% de proteína. Não houve diferença no índice de massa corporal médio entre os dois grupos.

Houve diferenças significativas em resposta à fertilização in vitro entre os dois grupos. O desenvolvimento de blastocisto foi maior no grupo de alta proteína do que no grupo de baixa proteína (64% vs 33,8%), assim como as taxas de gravidez clínica (66,6% vs 31,9%) e taxas de nascidos vivos (58,3% vs 11,3%).

Quando a ingestão de proteína era superior a 25% da dieta e a de hidratos de carbono inferior a 40%, a taxa de gravidez clínica subia para 80%. 

Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) em 2012 apresentou um estudo, que pacientes de fertilização in vitro que mudaram para uma dieta de alta proteína e baixo carboidrato e depois passaram por outro ciclo, tiveram aumentadas suas taxas de formação de blastocisto de 19% para 45% e sua taxa de gravidez clínica de 17% para 83%.

Quando falamos de restrição alimentar, não falamos de restrição calórica, para perda de peso e sim uma reeducação alimentar, aprender a consumir alimentos que fazem bem ao nosso corpo, organismo.