Infertilidade Conjugal – Aspectos Históricos

Segundo a Organização Mundial da Saúde, entre 8 a 15 % dos casais tem algum problema de infertilidade durante sua vida fértil.

Definimos infertilidade como a ausência de gravidez após 12 meses de relações sexuais regulares e sem uso de contracepção.

No Brasil, dados de 2009, existem aproximadamente 200 clínicas de reprodução humana, onde são concebidos quase 4 mil bebês por ano. Com os avanços tecnológicos contínuos, esse número tente a aumentar significativamente nos próximos anos. No mundo todo, já nasceram por volta de 3 milhões de crianças advindas da fertilização in vitro.

O Brasil já é considerado um centro de excelência em reprodução humana, sendo que os resultados e as técnicas empregadas podem ser comparados aos melhores centros do mundo.

Após um grande número de nascimentos e anúncios de sucesso com a fertilização in vitro tanto no Brasil como no exterior, as técnicas se tornaram um procedimento médico corriqueiro. Desde então os assuntos que envolvem bebês de proveta, doação de gametas, congelamento de embriões, ética entre outros ganharam popularidade, com discussões entre amigos e na mídia.

O avanço das técnicas em reprodução assistida não foi acompanhado pela atualização das leis e regulamentos brasileiros. Há normas que regulamentam as práticas médicas relacionadas a reprodução como o Código de Ética Médica, as resoluções do Conselho Federal  de Medicina além de  lei que disciplina os processos de manipulação genética. Atualmente no Brasil existe uma regulamentação com relação ao número de embriões que podem ser transferidos num tratamento de fertilização in vitro, e estão relacionados basicamente a idade da mulher.

Os desafios na área da reprodução humana são inúmeros, e uma dessas barreiras a serem vencidas é o conhecimento dos mecanismos que impedem o embrião de se fixar no útero.

Outra fronteira a ser desbravada é como recuperar a qualidade dos óvulos das mulheres com idade avançada, pois o adiamento da maternidade vem se firmando como tendência desde a entrada da mulher no mercado de trabalho.

Quando surgiram os primeiros procedimentos de reprodução assistida em laboratório, o mundo ficou estarrecido com as novas técnicas e muitas pesquisas e testes se apresentaram como impraticáveis, perigosos e desafiadores da ética e moral vigentes. O que parecia mera ficção científica há alguns anos, hoje em dia já faz parte da nossa realidade, o cotidiano dessa área.

O futuro dessa área médica está vinculado em se continuar investindo no conhecimento científico para tornar possível o sonho de todo casal, que é de produzir seus descendentes.