Pólipo Endometrial

O pólipo endometrial é uma nova formação da mucosa do endométrio, com dimensões variadas, desde pequenos até grandes o suficiente para ocuparem toda a cavidade uterina. Podem ser únicos ou múltiplos, fazendo saliência ou se localizando totalmente dentro da cavidade endometrial.

É uma patologia muito frequente, sendo encontrada na população geral em 24 % das mulheres, podendo chegar a 32 % das mulheres com sangramento menstrual aumentado. Sua maior frequência é nas pacientes que já tiveram filhos e estão entre 51 e 70 anos. Embora não sejam muito frequentes nas mulheres que estão tentando engravidar, se eles estiverem presentes, podem dificultar a ocorrência da gestação.

Mulheres que estão com sobrepeso, brancas, com patologias crônicas como hipertensão arterial e diabetes além de mais de duas gestações e estão sem menstruar há mais de 10 anos, apresentam risco muito maior de apresentarem pólipo endometrial.

Existe uma taxa de incidência de lesões malignas nos pólipos de aproximadamente 3,0 %, aumentando significativamente com a idade.

O sintoma mais comum é o sangramento genital, que pode variar de escapes frequentes de pequena quantidade até hemorragia copiosa. As pacientes também podem apresentar corrimento vaginal de coloração escura e odor desagradável. Muitas mulheres são assintomáticas, principalmente aquelas que estão na pós-menopausa.

O diagnóstico pode ser feito através de exames de imagem como ultrassonografia transvaginal, histerossalpingografia, histerossonografia e histeroscopia diagnóstica. A ultrassonografia é o método diagnóstico de escolha para a triagem de patologias endometriais. A histeroscopia diagnóstica é o melhor dos métodos para definir a localização, característica e a quantidade de pólipos.

O tratamento dos pólipos endometriais é cirúrgico, através da histeroscopia cirúrgica. Esse procedimento possibilita a retirada total do pólipo, sob visualização direta e também uma avaliação da cavidade uterina após a exérese do mesmo.